Gente, perdi a minha vó na metade do ano passado, com Alzheimer, então vocês podem entender o quanto é importante pra mim saber que as pesquisas direcionadas para o entendimento e possível cura do Alzheimer estão evoluindo cada vez mais.
Hoje vi uma reportagem, de dezembro de 2011, comunicando que pela primeira vez, a doença foi revertida, saber disso, me deixou extremamente realizada, mas triste, por desejar que isso tivesse ocorrido a alguns anos atrás. Essa pesquisa foi realizada por uma equipe liderada por Andres Lozano, da Universidade de Toronto.
Seis paciente portadores de Alzheimer, a mais de um ano, foram submetidos a uma estimulação cerebral profunda, por 12 meses, sendo usado eletrodos para aplicar pulsos de eletricidade diretamente no cérebro. Em 4 desses pacientes a deterioração da área do cérebro associada à memória foi estancada, nos outros 2, não apenas parou a deterioração, como foi notado um um aumento da massa em 5% e 8%. A parte do cérebro atingida por essa técnica é responsável pelos primeiros sintomas da doença, como a perda da memória e desorientação.
O Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa que provoca declínio das funções intelectuais, reduzindo as capacidaes de trabalho e relação social e interferindo no comportamento e na personalidade. Atinge normalmente, os mais idosos, embora já tenha tido casos em gente jovem. O quadro evolui rapidamente, em média, entre 5 e 10 anos.
Mesmo com todos esses avanços, os cientistas têm ainda, muito o que conhecer sobre como essa estimulação funciona no cérebro.
Um dos primeiros sintomas é a perda de memória recente, isto é, podem lembrar com precisão acontecimentos de anos atrás, mas não lembram o que fizeram a algumas horas. Com a evolução do quadro, atividades do cotidiano começam a ser afetadas, como a capacidade de aprendizado, atenção, compreensão, orientação e linguagem. A pessoa fica cada vez mais dependente, mesmo para rotinas básicas como higiêne pessoal e alimentação.
Além disso eles perdem a capacidade de discernimento, não são mais capazes de entender a consequência dos seus atos, podem não manifestar a sua vontade, não desenvolvem raciocínio lógico e perdem a capacidade de comunição. Por isso, a lei o considera civilmente incapaz, a interdição serve como medida de proteção para o próprio paciente.
Ao notar os sintomas (que muitas vezes é confundido com problemas consequentes da idade avançada), o próprio portador tende a escondê-los, por vergonha. Por isso, é preciso encaminhar o idoso à uma unidade de saúde mais próxima, para diferenciar o esquecimento normal de manifestações mais graves e frequentes, que são sintomas da doença.
Até então o Alzheimer era uma doença sem cura, mas os médicos acreditavam que era possível retardar a manifestação da doença, tendo uma vida social boa e atividade intelectual constante. Entre as atividades recomendadas para estimular a memória, estão: leitura constante, exercícios de aritmética, jogos inteligentes e participação em atividades de grupo.
Quanto mais os efeitos do 'Mal de Alzheimer' avançam, mais o paciente tende a se afastar do convívio social. A família e a sociedade podem dar um grande apoio às vítimas da doença. Para isso foi criada a Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer) formada por familiares dos pacientes, a associação conta com a ajuda de vários profissionais, como médicos e terapeutas. Promove encontros para que as famílias troquem experiências e aprendam a cuidar e a entender a doença e seus efeitos na vida dos idosos.
Existem, desde 2002, programas responsáveis pelo diagnótico, tratamento, acompanhamento dos pacientes e orientação aos familiares e atendentes dos portadores de alzheimer. No momento há 26 centros de referência já cadastrados no Brasil.
Espero que tenham gostado, pois eu adorei escrever este post! Bjs