quarta-feira, 25 de março de 2015

O lado biológico da tatuagem

Já que fiquei muito tempo sem escrever no blog hoje eu vou me redimir fazendo duas postagens seguidas!!!! E uma confissão: EU AMO TATUAGEM... Não tenho muitas, mas quero sempre fazer mais e acho lindo pessoas tatuadas, seja pouco tatuada ou muito.

O lado biológico da tatuagem...
A nossa pele é composta por 3 camadas, a epiderme, que possui as terminações nervosas e os vasos sanguíneos mais superficiais, a hipoderme, onde se encontra a camada de gordura, e a derme que é a camada intermediaria entre as duas. E é nessa última camada que a tinta deve ficar, essa camada fica 1mm abaixo da parte mais externa da pele, se a tinta ficar muito superficial em pouco tempo a tatuagem irá desaparecer, pois há constante renovação celular (algumas células morrem e outras tomam seu lugar, então se células pigmentadas morrerem a tatuagem vai desaparecer). E se a tinta for depositada muito profundamente corre o risco da tinta atingir a corrente sanguínea, e "borrar" a tatuagem.

E o que tem a ver tatuagem com o tema do blog??? Ao penetrar a pele, a tinta é reconhecida pelo nosso sistema imunológico (Arrá! E aqui entra a biologia) como invasores do corpo e isso é uma das coisas essenciais para a tatuagem. As primeiras células desse sistema a agirem são os macrófagos que englobam as gotículas de tinta. Após fagocitarem ("engolir") as gotículas de tinta, os macrófagos ficam presos em uma camada de colágeno e fibras presentes na derme, como essas células não conseguem "digerir" a tinta ela fica lá para sempre.

Outra coisa que pode acontecer durante uma sessão de tatuagem, é a fissura excessiva da pele, podendo causar uma hiper produção de colágeno, podendo ocasionar uma elevação da pele, conhecida como queloide. Portanto é recomendado que não tire as cascas da cicatrização da tatuagem, pois pode abrir alguma ferimento nas canadas mais internas da pele e causar uma infecção. Há também um cuidado especial que se deve ter com o sol, todo esse processo de fissura da pele e células trabalhando mais intensamente, também ocorre a maior ativação das células sanguíneas (que por sua vez possuem ferro, que ativam a melanina da pele), então, nos primeiros 40 dias é importante não pegar sol no local da tatuagem para que ela não escureça. Por tudo isso, é muito importante tomar todos os cuidados pós tatuagem, para que o organismo se recupere bem e a tatuagem permaneça bonita.
Há tatuadores que alertam sobre a ingestão de alguns alimentos mais gordurosos ou frutos do mar, isso apenas pq é possível que a pessoa tenha alguma alergia, que se chegar a tatuagem, também pode danificar o trabalho. E o plástico serve como uma camada de proteção para a pele (a camada de foi machucada durante o processo da tatuagem), para que a pele não resseque e não ocorra fissuras que podem ser bons lugares para bactérias se alojarem e causarem um baita problema.

Agora já e possível retirar uma tatuagem usando raios laser, essa técnica rompe os macrófagos e libera a tinta que estava contida nele. Esse processo é bem doloroso, portanto o melhor é pensar muito bem antes de fazer uma tatuagem para não se arrepender depois.

A tatuagem não faz mal nenhum a saúde, é apenas mto importante que seja feita em um local de confiança e de perfeita higiene para que não haja contaminação de qualquer doença.

O verdadeiro Dragão

Dragão Ocidental
Dragão Chines
Muitas pessoas (como eu) tem verdadeira adoração pelos dragões, criaturas míticas, com escamas, capazes de voar e soltar fogo pela boca ou narinas. Bem, a existência deles nunca foi provada pela ciência (pq isso é biologicamente impossível), mas existem dragões sim, não esses descritos acima, mas uma espécie real, um lagartão gigante, extremamente tóxico, o Dragão de Komodo.

dragão de comodoO Dragão de Komodo (Varanus komodoensis), é um réptil que habita as ilhas Komodo (de onde obviamente recebeu seu nome popular), Rinca, Padar e Flores, na Indonésia. Ele é o maior lagarto conhecido hoje. E está ameaçado de extinção, existindo apenas 4 mil indivíduos vivos.


São animais que tem hábitos diurnos e vivem sempre sozinhos (exceto em épocas de acasalamento), e gostam de cavar tocas para se abrigarem. Podem chegar a 3m (oO) e 100kg!!!!!!!!!!! E viver até os 50 anos. Podem chegar a 20km/h, o que é bem rápido para um animal do seu tamanho. Além disso ele também tem uma grande capacidade de locomoção na água, chegando a mergulhar até 4m de profundidade e também sobem em árvores.
necrófagoComo é um animal que se alimenta da carcaça de outro animais mortos, ele possui uma grande quantidade de bactérias na sua boca, o que é extremamente perigoso para outros animais, já que uma mordida desse animal pode causar uma grave infecção (por causa dessas bactérias). Até pouco tempo acreditava-se que esse era o famoso "veneno" do dragão de Komodo, mas a pouco foi descoberto que ele possui sim uma peçonha, parecida com a existente nas serpentes.

filhotes de dragão de komodo
Cada fêmea dessa espécie pode colocar de 15 a 35 ovos, ninhos feitos na areia, e eles podem se reproduzir por partenogênese (sem a fecundação do macho, mas esse processo acontece muito raramente). Os filhotes, que podem nascer de 6 a 9 semanas, tem 25cm de comprimento e podem facilmente virar comida para outros dragões.









O verdadeiro veneno
Em estudos recém publicados o pesquisador Stephen Wroe, afirma que os dragões possuem peçonha, e não apenas suas bactérias extremamente nocivas como acreditava-se antes. Como esses animais possuem uma dentição muito diferente dos outros animais peçonhentos, essa característica passou despercebida inicialmente, mas foi comprovado nesse estudo que ele possui um sistema de inoculação de veneno extremamente complexo.
que susto em!Eles possuem um conjunto de proteínas tóxicas, não muito diferente das serpentes, que impedem a coagulação sanguínea e diminuem a pressão. Ductos transportam a peçonha de cinco (sim 5!) compartimentos separados para aberturas entre seus dentes. Depois do veneno ser depositado na ferida (da mordida) a presa pode entrar em choque e morrer devido a hemorragia.
Essa descoberta levou a especulações que seu parente mais próximo, Varanus Priscus, que chegava a 2 toneladas, pode ter sido o maior animal peçonhento existente na Terra.