sábado, 29 de agosto de 2015

Intolerância à Lactose

É a incapacidade total ou parcial de digerir a lactose (açúcar encontrado no leite). Ela ocorre quando o organismo não produz, ou produz em pouca quantidade de lactase (a enzima que decompõe a lactose).
Assim a lactose chega ao intestino grosso inalterada (por falta da lactase) e fica acumulada, sendo fermentada por bactérias, que fabricam ácido lático e gases, promovem maior retenção de água e diarreias e cólicas.

Pesquisas mostram que 70% dos brasileiros apresentam algum grau de intolerância a lactose, que possui graus diferentes, de acordo com a deficiência apresentada.

1) Deficiência congênita, é causada por um problema genético, a criança já nasce sem condições de produzir lactase (forma rara);
2) Deficiência primária, diminuição natural e progressiva na produção da lactase a partir da adolescência até o fim da vida (forma mais comum);
3) Deficiência secundária, a produção da lactase é afetada por doenças intestinais, nesses casos a intolerância pode ser temporária e desaparecer com o controle da doença base.

Os sintomas da intolerância se concentram no sistema digestório, e melhoram com a interrupção do consumo de leite. Eles costumam surgir logo após a ingestão do leite, de seus derivados ou até de produtos que possuem leite na sua composição.
O mais comum é a distensão abdominal, cólica, diarreia, flatulência, náuseas, ardor anal e assaduras (esses dois provocados pela presença de fezes mais ácidas). Crianças pequenas e bebês portadores desses distúrbio, em geral perdem peso e crescem mais lentamente.

Além da avaliação clínica, o diagnóstico do intolerância à lactose pode ser feito por três exames específicos, teste de intolerância à lactose, o paciente recebe uma dose de lactose em jejum e depois de algumas horas mede os níveis de glicose no sangue, que permanecem inalterados nos portadores do distúrbio, teste de hidrogênio na respiração, o paciente ingere uma dose de lactose e o médico analisa o hálito da pessoa, se o nível de hidrogênio aumentar significa que há um processo incorreto da lactose no organismo, e teste de acidez nas fezes, leva em conta a análise do nível de acidez no exame de fezes.

A intolerância à lactose não é uma doença, é uma carência que o organismo possui, que pode ser controlada com dieta e medicamentos. O leite não deve ser tirado totalmente da dieta, assim é possível manter a oferta de nutrientes necessários para o funcionamento correto do organismo. Suplementos com lactase e leites com baixo teor de lactose também podem ser utilizados para manter um quantidade ideal de nutrientes.

A alergia ao leite, não é a mesmo coisa que a intolerância à lactose. A alergia é uma reação imunológica do organismo ao ingerir as proteínas do leite, que se manifesta após a ingestão do leite, por menor que seja a quantidade ingerida. A mais comum é a alergia ao leite de vaca,




Mercado alemão que não utiliza embalagens descartáveis


Depois de uma série de imagens na internet que têm mostrado frutas, já descascadas sendo vendidas em embalagens de plástico no supermercado, damos de cara com a Alemanha (novamente) "sambando na cara da sociedade", com um mercado que não utiliza embalagens descartáveis.

Como a gente já sabe, a Alemanha é um dos países mais ecológicos do mundo, onde uma grande parte das pessoas presa pela sustentabilidade, possuindo composteiras na própria casa, possui um bom sistema de coleta de lixo e a utilização de energia solar vem crescente a cada dia.

Apesar de não chegar nem perto (nessa questão) o Brasil já começou a alguns anos a incentivar a reutilização do "lixo", redução do consumo e reciclagem do que for possível (e como diria Lulu Santos, assim caminha a humanidade, a passos de formiga e sem vontade...), alguns supermercado já possui algumas embalagens retornáveis, vendem "sacolas ecológicas" e até tem uns que possuem descontos para quem levar a sua própria sacolas, mas nenhuma se nega a usar as terríveis sacolas plásticas.

Enfim, com todas as campanhas e incentivos, ainda é bem incomum encontrar pessoas usando suas próprias sacolas, evitando sacolas plásticas nas lojas ou procurando meios de evitar o desperdício. Isso pode parecer difícil hoje em dia, pois fomos acostumados dessa maneira, mas há alguns anos atrás a prática de levar a sua própria embalagem e sacola (ou carrinho) era muito comum. Acredito que seja possível voltarmos a essa prática, dá um pouco mais de trabalho no início, as pessoas se esquecem (pois não estão acostumados), mas com certeza se isso for ensinado, as próximas gerações não vão nem sentir o que estão fazendo...

Aqui em casa, nós evitamos ao máximo usar sacolas plásticas (levamos ao supermercado carrinho de compras e sacolas ecológicas) e usamos algumas embalagens retornáveis. E as pessoas ainda nos olham na rua, ou comentam, pois acham algo muito estranho.

E vamos começar com aquele papo de sempre, se todos fizessem a sua parte tudo ficaria mais fácil, mas e se as pessoas não fazem a sua parte, o que os estabelecimentos podem fazer? Como já foi dito eles incentivam a não utilização de sacolas e tal, mas não deixam de vender caso a pessoa não tenha sua sacola e precise de uma (ou várias) de plástico. Mas Sarah Wolfe Milena Glimbovski tiveram uma ideia bem diferente, no mercado Original Unverparkt, não é possível usar embalagens descartáveis, esse mercado é baseado no conceito lixo zero. A principio foram usados recursos privados para a ideia sair do papel, mas atualmente estão participando de um financiamento coletivo para conseguir mais capital.
balança e produtos em mostra
Localizado em Berlim, na Alemanha (óbvio), o mercado vende seus produtos sem a utilização de embalagens (sem caixas ou sacos plásticos), e geralmente os produtos vendidos são orgânicos, de agricultores da região. Nesse local o cliente leva seu próprio recipiente para o armazenamento do produto, caso o cliente não tenha se programado para passar no estabelecimento, e não possua sua embalagem, o mercado disponibiliza sacos de papel reciclagem, ou, se não for possível, eles emprestam (sim, EMPRESTAM) uma embalagem.


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Como se não bastasse toda essa preocupação com o desperdício e incentivo para utilização de embalagens mais sustentáveis, o mercado ainda disponibiliza informações sobre a procedência e os ingrediente do produto.