quinta-feira, 14 de maio de 2009

Anfíbios e risco de extinção...

Atualmente toda a classe dos anfíbios corre grande risco de extinção, por fatores naturais ou causados pelo homem, dados indicam que entre 60% e 75% de rãs, sapos, salamandras e cecílias estão ameaçados de desaparecer e que desde 1980 foram extintas 122 espécies dessa classe, contra 5 espécies de aves e nenhuma de mamíferos. Se ocorresse uma extinção seria a maior desde os dinossauros.
Os anfíbios estão na Terra a milhões de anos, foram os primeiros animais a conquistar o ambiente terrestre. Sobreviveram a diversas mudanças ambientais, como vulcanismos, mas agora não estão mais suportando as mudanças, como aquecimento global, maior incidência dos raios ultravioleta, atuação do ser humano no seu habitat, entre outros.
Segundo cientistas, o maior número de anfíbios está localizado nos trópicos, principalmente na América Latina, onde também foi observado o maior número de risco de extinção dessa espécie. A Amazônia e a Mata Atlântica, são os mais importantes biomas para a conservação dos anfíbios porque possuem uma grande diversidade de espécies e alto índice de endenismo.

Os anfíbios têm sua pele nua, não possuem escamas, pelos ou penas como muitos vertebrados, e é quase sempre úmida, o que é muito importante para a sua respiração cutânea, quando adulto. Assim sendo muito suscetíveis a perda de água e infecções na pele. Para evitar essas infecções e o predadorismo, os anfíbios possuem glândulas que se espalham por toda sua pele, que são capazes de produzir uma substância tóxica, que não causa danos ao ser humano, mas sim a seus predadores.

Um dos principais riscos que essa classe apresenta é perda de seu habitat. A água é muito importante principalmente para a fase reprodutiva, pois seus ovos são desprovidos de casca e precisam de umidade constante, além dos filhotes que respiram por brânquias, por isso a poluição de mares e rios está prejudicando ainda mais esses animais. Também a devastação de florestas, a introdução de área para pastagem de gado, a agroindústria, o garimpo, dentre outras atividades humanas estão contribuindo diretamente para a crescente destruição da classe.
O aquecimento global está entre as principais ameaças a mais de 3000 espécies de anfíbios registradas no mundo. Para esses animais extremamente sensíveis ás mudanças ambientais, qualquer pequena modificação, tanto de ocorrência natural como pela ação do homem, pode ser crucial para sua sobrevivência. Também porque a temperatura corporal desses animais não é constante, varia de acordo com a temperatura do ambiente. As mudanças climáticas afetam também a incidência de um fungo que ataca a pele dos anfíbios, esse fungo é uma das maiores causas das mortes de anuros na América Central.