As chamadas células-tronco, são células capazes de se dividir e diferenciar em qualquer um dos tecidos do corpo, no caso do ser humano, são aproximadamente 216. A auto-renovação é a capacidade que a célula tem de se dividir e gerar células idênticas à ela, o potencial de diferenciação é a capacidade da célula gerar outras células que sejam especializada, de diferentes tecidos.
Existem 3 tipos de células tronco, as embrionárias, as adultas e as induzidas.
Embrionárias:
As células-tronco embrionárias, elas são encontradas no embrião, mas em apenas um estágio, quando ele se encontra em blastocisto (de 4 a 5 dias após a fecundação), e as células são retiradas de uma pequena região do embrião. Após os 5 dias o embrião já começa a se especializar, começar o desenvolvimento do coração e do sistema nervoso, então já não são mais consideradas células tronco.
As células-tronco adultas, se encontram principalmente na medula óssea e do cordão umbilical, mas no nosso organismo possuímos células, que se renovam para a manutenção do nosso sistema.
Além das duas anteriores, temos as células-tronco induzidas (IPS), essas são manipuladas em laboratório, as primeiras foram criadas em 2006 por um pesquisador japonês, Shinya Yamanaka (essas eram células de camundongo, mas em 2007 foi feito em células humanas), a partir de uma célula da pele. Para haver essa "reprogramação", um vírus é inserido na célula, contendo 4 genes, esses genes se inserem no DNA da célula adulta (já diferenciada) e reprogramam o código genético, assim as células voltam ao seu estágio inicial, apresentando a capacidade de auto-renovação e diferenciação.
Outra classificação é quanto a capacidade de diferenciação, que pode ser totipotente, que são aquelas capazes de se diferenciar em todos os tecidos do corpo, incluindo placenta e anexos embrionários. Elas são encontradas nos embriões nas primeiras fases da divisão, quando ele possuem de 16 a 32 células (com 3 ou 4 dias). Tem as pluri ou multipotentes, capazes de se diferenciar em todos os tecidos, excluindo placenta e anexos embrionários, a partir de 32 a 64 células (a partir do 5º dia), enquanto ele já é considerado um blastocisto. Aí o blastocisto está com tipos diferentes de células, na parte interna ele possui células pluripotentes e na parte externa células responsáveis pela produção da placenta e membranas.
Essas células podem ser obtidas por Clonagem Terapêutica, é uma técnica de manipulação genética que "fabrica" embriões a partir da transferência do núcleo de uma célula já diferenciada, para um óvulo sem núcleo, a partir daí inicia-se o processo de divisão celular, essas células são vão fazer a diferenciação em células do corpo, então podem ser utilizadas para terapia celular. As células também podem ser retiradas do corpo humano, mas essas células possuem limitação para se diferenciar e também possível conseguir essas células através de embriões descartados em clínicas de fertilização, são células que não serão implantadas e serão postas no "lixo".
As células-tronco podem ser utilizadas para terapia celular, para tratamento de doenças ou leões, com células-tronco manipuladas em laboratório (onde há troca de células doentes por células novas e saudáveis), Clonagem Reprodutiva, é quando há a cópia de um indivíduo (acontece a transferência de um núcleo de uma célula diferenciada, adulta ou embrionária, para um óvulo sem núcleo. Gêmeos univitelinos são clones naturais.
Há cada vez mais estudos dessas células, as células-tronco fornecem ferramentas para modelar doenças, testas medicamentos e desenvolver terapias que produzam resultados efetivos. Em teoria, qualquer doença que houver regeneração de tecidos do nosso corpo poderia ser tratada através de terapia celular.
Para essas pesquisas, todos os tipos de células-tronco são utilizadas, pois cada uma tem um potencial diferente e muitas vezes podem se complementar. Mesmo depois das células-tronco induzidas serem inventadas, não é possível deixar de usar células-tronco embrionárias, pois sem elas é impossível saber do comportamento e reprogramação celular. Mesmo assim as células IPS e as embrionárias não são totalmente igual, e ainda há insegurança pela utilização de vírus no processo.
Ainda não há um conhecimento de como se dá o comando para que uma célula pluripotente se diferencie em um determinado tecido, no entanto em laboratório já existem substâncias que induzem essa diferenciação específica, quando colocadas em cultura in vitro,
Há alguns anos as pesquisas com células-tronco têm contado com diversos experimentos com animais. Mas já existem trabalhos publicado que envolvem a doença de Parkinson, diabetes do tipo 1, distúrbios circulatórios e doenças neuromusculares, mas ainda não há nada de concreto por isso muitas pesquisas continuam surgindo.
Em março de 2005 foi regulamentada a primeira Lei Federal Brasileira (11.105), que permite o uso de células-tronco embrionárias para pesquisa e terapia. Essas células devem ser obtidas de embriões humanos produzido por fertilização in vitro, não serem implantados, devem ser embriões inviáveis e que tenham sido mantido congelados por mais de 3 anos. A lei veta a comercialização de material biológico para esse uso e também a clonagem humana foi proibida. Além disso há muitas questões morais e religiosas sobre o inicio da vida, quando um embrião passa a ser um feto ou uma possível vida.
Mas isso são células humanas, pois há diversos tipos de estudos com células animais, principalmente em camundongos, que são muito utilizados para diversos tipos de pesquisas científicas. Inclusive já foram clonados diversos animais, além da famosa ovelha Dolly.
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