quinta-feira, 20 de outubro de 2011

CÉLULA SINTÉTICA



Mycoplasma mycoides JCVI-syn 1.0
     Essa semana fiz uma 'produção intetectual" (é assim que as professoras falam, hehe) para a aula, sobre a célula sintética, e achei bem interessante, então resolvi compartilhar.

     Dia 20 de maio de 2010 foi anunciada a criação da célula sintética, que para alguns cientistas representa o início de uma nova era biológica sintética e, provavelmente, na biotecnologia.

     A equipe de pesquisadores americanos, liderada por Craig Venter, já havia conseguido sintetizar quimicamente o genoma de uma bactéria, e feito um transplante de genoma de uma bactéria para outra, em diferentes ocasiões. Mas desta vez, após 15 anos de trabalho, e 40 milhões de dólares, os especialistas juntaram as duas técnicas para criar o que chamaram de “célula sintética”. No entanto, este feito não pode ser chamado de criação da vida artificial, pois o DNA montado em laboratório é o de uma espécie de bactéria já existente que foi inserido em outra espécie também já existente (que foi usada como ‘molde’).
foto meramente ilustrativa
Para este feito, os cientistas reescreveram o genoma de uma bactéria (Mycoplasma mycoides) no computador, alterando algumas sequências (eliminaram os genes originais da bactéria que as tornam nocivas às cabras e também os que permitiriam sua eventual reprodução fora de um laboratório), resultando em um DNA não existente na natureza (Mycoplasma mycoides JCVI-syn 1.0). Este código genético montado foi inserido em uma bactéria de espécie diferente (Mycoplasma capricolum). Após algum tempo, a bactéria hospedeira começou a ‘ler as novas instruções’, e iniciou a produção das proteínas da célula artificial, se comportando e aparentando ser a própria. Para todos os efeitos, ela tinha se transformado em outra e foi capaz de se multiplicar e formar descendentes. 

foto meramente ilustrativa
     Venter acredita que este avanço tenha aplicações práticas, como criar bactérias programadas para resolverem problemas ambientais e energéticos, produção de vacinas de forma mais rápida do que atualmente, por exemplo. Além da cura de doenças degenerativas (como o câncer), a criação de órgãos sintéticos para transplantes, organismos digestores de petróleo, filtradores de poluição, mas também produção de armas biológicas.

     Espero que este feito acrescente cada vez mais a biotecnologia... Quem sabe a cura para o câncer... o/ vamos torcer!!


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