quarta-feira, 7 de setembro de 2011

CRIANÇAS DA LUA

     Xeroderma pigmentoso, é o nome de uma doença rara, que deixa a pele com uma sensibilidade extrema à luz solar. É causado por um gene recessivo, dois genes que não funcionam bem, um vindo do pai e um vindo da mãe. Nesse caso, os genes são conhecidos com genes XP.
     Menck (professor do Departamento de Microbiologia da Universidade de São Paulo (USP), que estuda essa doença) explica que os sintomas dessa doença surgem muito cedo, ainda na infância.
     "Normalmente essa doença aparece muito cedo, antes de 1 ano (de vida). Alguns casos, menos sensíveis,  podem passar não diagnosticados por falta de avaliação médica correta. Então as pessoas aparecem com tumores nas regiões expostas à luz do Sol - em geral, na face - muito cedo, antes dos 10 anos, e então pode haver o diagnóstico."
     Segundo estudiosos, é possível que os pacientes levem uma vida 'normal', desde que tenham mto cuidado com os raios solares, precisam de protetor solar com fator 50, e mesmo assim evitar a luz, talvez até invertendo o dia pela noite.

     Estudos com esses pacientes, chamados 'crianças da lua', estão possibilitando os médicos a entender melhor o câncer e o envelhecimento precoce, pois essas pessoas têm propensão a desenvolver esses problemas, "Estudando células desses pacientes, muitos estudos ajudaram-nos a conhecer melhor as causas do câncer, e como combatê-lo, e, mais recentemente, as causas de envelhecimento", diz o professor Carlos Menck.
     Com esse estudo foi possivel observar que esses pacientes não tem sistema de reparo de DNA, e como o código genético é danificado pelos raios do sol, se chegou a conclusão que é esse o motivo do câncer

     Hoje em dia, aqui no Brasil, existem muitos paises onde os médicos não conhecem essa doença, portanto não fazem um diagnóstico claro, além disso no país tem muito sol, e os protetores solares são muito caros.
"...Eles precisam desses protetores! Uma possibilidade seria que os pacientes recebessem protetores como os carteiros, mas tem que ser protetores com FPS maior que 50", diz o professor.
     A ABRAXP foi criada a pouco aqui no Brasil,  formada por familiares de pacientes com essa patologia, essa associanção tem desenvolvido um papel fundamental junto com o Hospital do Câncer A. C. Camargo.

     Saiba mais
     Segundo estimativas, essa patologia atinge 1/200 mil nascimentos, mas no Japão e no norte da África ela é mais comum 1/100 mil.  Para explicar melhor esse mal, Menck vai proferir uma palestra no auditório do centro Estação Ciência, da própria USP. O evento ocorre em 17 de setembro, um sábado.

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