cardume de tubarões baleias

Tubarão-baleia (Rhincodon typus)

O tubarão-baleia é o maior tubarão existente, podendo chegar a 20m e pesar até 12.000kg. É facilmente identificável, pois sua enorme boca é inconfundível. É uma espécie solitária e raramente é vista em grupos, exceto em locais com alimentação abuntante. É a única espécie de tubarão que vive em oceanos quentes e em climas tropicais, exceto no Mediterrâneo. Acredita-se que pode ser um animal extremamente migratório, pois aparecem regularmente nos mesmos lugaes e em determinadas épocas do ano, provavelmente para aproveitar alguns acontecimentos (como a desova dos corais e o florescimento regular de plâncton). Por isso, em alguns partes do mundo, tornaram-se o centro do ecoturismo, principalmente na costa ocidental da Austrália, onde muitos mergulhadores tem a oportunidade de nadar junto a eles. Esses tubarões alimentam-se principalmente de plâncton, pequenos peixes e lulas. As suas várias fileiras de dentes, não são utilizados na alimentação, pois sugam a água, com as suas presas, e só depois essa água sai por suas brânquias, filtrando o alimento, pois qualquer material capturado é engolido. Em diversos países os tubarões dessa espécie já são protegidos da caça, mas principalmente em Taiwan, onde mais de 100 desses tubarões são mortos por ano, e nas Filipinas isso ainda não acontece, causando sérias preocupação quanto ao futuro deste 'peixe', que demora pra crescer e atingir a maturidade. Os hábitos reprodutivos os tubarões-baleia (como em outras espécies de tubarões) é difícil de ser descrita. Em 1956, no México, foi encontrado um ovo, fazendo com que acreditasem que essa espécie seria ovípara, mas, em 1996, em Taiwan foi possível observar numa fêmea grávida, 300 pequenos tubarões-baleias indica que eles são vivíparos, com desenvolvimento ovovivíparo. As fêmeas dão a luz a filhotes com 40 a 60cm e os ovos permanecem no corpo dela. Acredita-se que eles alcancem maturidade sexual por volta dos 30 anos e sua longevidade é estimada como sendo entre 60 e 130 anos.

CARDUME DE TUBARÕES-BALEIA

Em 2009 foi possível observar um grupo enorme de tubarões-baleia, mas só agora foi divulgado ao público.

Aconteceu no México, em Yucatán, Mike Maslanka, chefe do Departamento de Ciências da Nutrição do Instituto de Conservação Biológica Smithsoniano, nos Estados Unidos, e seus colegas conseguiram registrar 420 exemplares reunidos. “Ver um grupo tão grande em um só lugar foi fenomenal. Chegamos ao ponto em que não era possível navegar o barco sem se preocupar com eles. Foi impressionante”, comentou Maslanka, em entrevista à BBC Brasil. “Você não percebe quão grandes eles são até nadar ao lado deles”, completou o estudioso, que ainda levantou a hipótese de uma mudança de comportamento do animal, que costumava “aparecer em menor número ao norte da península, onde a água tem mais plâncton, que serve de base alimentar para peixes”.

Eles foram devidamente gravados por câmeras aéreas (foto) por uma área de 18km².