quinta-feira, 28 de março de 2013

PAPEL RECICLADO

     Hoje em dia é extremamente importante pensar no meio ambiente, muitos problemas, mudança climática, escassez de água potável, devastação de florestas... E era nesse ponto que eu queria chegar, desmatamento! Além do desmatamento para produção de gado e de agricultura, temos também para a utilização da madeira para construção e parte disso vai para as fabricas de papel, papel esse que muitas vezes é utilizado sem muita consciência, sendo desperdiçado uma grande quantidade, por isso esse post.
     Existem vários tipos de papéis, mas os que eu quero falar são dos reciclados, que podem ser industriais ou caseiros. É possível encontrar diversas marcas com esse tipo de material, mas esses (sabe-se lá porque) são mais caros do que os papéis brancos comuns, assim, poucas pessoas optam por ele.
     O papel nada mais é do que um emaranhado de fibras vegetais. Ao transformar o papel já utilizado em um papel novo, essas fibras se desfazem e são tramadas novamente. Isso parece muito complicado, mas hoje é possível reciclar papel até em casa. Além do próprio papel que pode ser reutilizado é possível também confeccionar produtos artesanais, como papéis de carta, marcadores de livro, capas de caderno...
      Mas nem todos os papéis podem passar por esse processo simples de reciclagem: Papel carbono, fita crepe, papéis metalizados, papeis parafinados, papéis plastificados, papel higiênico, papel de bala, embalagens de biscoitos, papéis sujos, etiqueta adesiva e fotografias, NÃO SÃO RECICLÁVEIS!

     COMO RECICLAR PAPEL EM CASA

     Material:
     - Papel;
     - Bacias (rasa e funda);
     - Balde;
     - Moldura de madeira, com tela de nylon ou uma peneira reta;
     - Moldura de madeira, vazada (sem a tela);
     - Liquidificador;
     - Jornal ou feltro;
     - Pano;
     - Esponjas;
     - Varal e pregadores;
     - Prensa ou duas tábuas de madeira;
     - Peneira côncava (com barriga).

     1º - Preparação da polpa
     Pique o papel e deixe 24h mergulhado em água, em uma bacia rasa, para amolecer. Coloque água e o papel molhado no liquidificador (3 partes de água para 1 parte de papel). Bata até que fique bem homogêneo. 
     2º - Fazendo o papel
     Despeje a massa (polpa) em uma bacia grande (que seja maior que a moldura). Coloque a moldura vazada sobre a moldura com tela, mergulhe a moldura verticalmente e deite no fundo da bacia. Suspenda-as ainda na posição horizontal, bem devagar, de modo que a polpa fique depositada na tela. Espere o excesso de água escorrer para dentro da bacia e retire cuidadosamente a moldura vazada. Vire a moldura, com a polpa para baixo, sobre um jornal ou pano. Tire o excesso de água com a esponja. Levante a moldura, deixando a folha de papel artesanal, ainda úmida, sobre o jornal (ou pano).
     3º - Prensando as folhas
     Para que as folhas sequem mais rápido e o entrelaçamento da fibras seja mais firme, faça pilhas com jornal, da seguinte forma: 
     Empilhe 3 folhas do jornal com papel artesanal. Intercale com 6 folhas de jornal ou 1 pedaço de feltro e coloque mais 3 folhas do jornal com papel. Continue até formar uma pilha com 12 folhas de papel artesanal. Coloque a pilha de folhas na prensa por 15 minutos. Se não tiver prensa, ponha a pilha de folhas no chão e pressione com um pedaço de madeira. Pendure as folhas de jornal com papel artesanal no varal ate que sequem completamente. Retire cada folha de papel do jornal (ou pano) e faça uma pilha com elas. Coloque essa pilha na prensa por 8h ou dentro de um livro pesado durante 1 semana.
     
     É possível utilizar técnicas diferentes para "decorar" os papéis:
     - Misture à polpa: linha, gaze, fio de lã, casca de cebola ou de alho, chá em saquinho, pétalas de flor, e outras fibras. 
     - Bata no liquidificador junto com o papel picado: papel de presente, casca de cebola ou de alho.
     - Coloque sobre a folha, ainda molhada: barbante, pedaços de cartolina, pano de tricô ou crochê. Nesse caso a secagem será natural - não é necessário prensar com o pedaço de madeira.
     - Para ter papel colorido: bata papel crepom com a água, no liquidificador, e junte essa mistura à polpa. Outra opção é misturar guache ou anilina diretamente à polpa.

     Dicas importantes
     A tela de nylon deve ficar bem esticada, presa a moldura por tachinhas ou grampos.
     Reutilize a água que ficou na bacia para bater mais papel no liquidificador.

quarta-feira, 20 de março de 2013

ALBINISMO


     O albinismo (do latim albus-branco) é uma falha na produção de melanina (do grego melan-negro). Pode ser classificado em 2 tipos: tirosinase-negativo (quando não há produção de melanina) e tirosinase-positiva (quando há uma pequena produção de melanina). Também pode ser classificado como total (quando se apresenta em todo corpo) ou parcial (quando se apresenta apenas em um parte), a mais comum é a primeira. 
    O albinismo é hereditário e está condicionado a um gene (recessivo) pouco comum que gera certas características físicas. Quando um dos pais possui o esse gene, existe uma probabilidade de que 1 em cada 4 filhos apresente o albinismo. No caso do nascimento de um filho saudável, há 50% de possibilidade de ele ser portador do gene, podendo gerar um filho com albinismo.
     Diferentes alterações nos genes, podem causar o albinismo. Essa alteração na produção de melanina é a responsável pela ausência da pigmentação dos olhos, pele, cabelos e pelos, podendo ocorrer tanto em seres humanos, como também em outro animais e plantas. Além da falta de pigmentação, os albinos também apresentam dificuldade de enxergar e a sua pele é mais frágil e fotossensível. Nesses indivíduos, a exposição ao sol não produz bronzeamento e podem causar queimaduras de graus variados, assim como são mais suscetíveis a desenvolver câncer de pele, se não houver um cuidado adequado.
     Num organismo que não possui essa falha genética, a melanina é produzida através de um aminoácido conhecido como tirosina, no caso dos albinos, a tirosinase apresenta-se inativa, então não ocorrerá a produção do pigmento, ou pode haver a incapacidade da enzima entrar nas células responsáveis pela pigmentação, e transformar o aminoácido tirosina em melanina. Isto é, o individuo possui melanócitos, onde a melanina é gerada, mas alguma disfunção não permite que estas células fabriquem o pigmento.
     Na África é onde existe a maior população de albinos no mundo. Na Europa a taxa de albinismo é de 1/17.000 quando na África pode chegar a 2.000 ou 5.000, dependendo do país. Um em cada 70 pessoas é portador do gene.



- Na África, albinos são "peças" cobiçadas pelas bruxas, os curandeiros usam para "curar doenças" e prometer riquezas. Existe uma superstição em que certa partes do corpo (pernas, braços, língua, pele e cabelos, valem milhares de dólares) de um albino podem trazer sorte. uma da crenças mais fortes é que se beber sangue de um albino, vai ter muitas riquezas. por isso muitos africanos albinos, são perseguidos, mantidos como prisioneiros e até amputados, para que partes do seu corpo tornem-se amuletos. Logo após o nascimento de crianças albinas, elas e suas mães são abandonadas devido a fragilidade da criança. Além disso são discriminados nas escolas e tem dificuldade de arrumar empregos. Houve um caso, em que uma menina de 10 anos, teve sua perna amputada no meio da noite (as pessoas responsáveis foram presas!!!). Para proteger os africanos albinos, organizações internacionais criaram acampamentos onde estes podem permanecer em segurança. Para diminuir a taxa de mortes de albinos, a Tanzânia PROIBIU o curandeirismo.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI215851-EI1426,00.html
http://www.todabiologia.com/genetica/albinismo.html



terça-feira, 12 de março de 2013

Ararinha-Azul, filme "Rio"




     Em 2011 foi lançado, pela FOX files, a animação "Rio" que além de ser um filme com a fotografia muito bonita, ainda traz a realidade de muitas espécies de animais, a AMEAÇA DE EXTINÇÃO e o TRÁFICO de animais. Nesse filme, o protagonista é o Blu, uma ararinha-azul (Cyanopsitta spixii),  foi tirado da natureza no Brasil e levado ilegalmente para os Estados Unidos, quando ainda era filhote, mas felizmente a história dele foi diferente da maioria dos animais que são vitimas do tráfico, ele conseguiu voltar para o seu habitat, saudável, mas depois de muitas aventuras.
     Graças a fama que essa espécie ganhou, por causa do filme, instituições se unem para salvar a ararinha da extinção. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)organizações da sociedade civil sem fins lucrativos (SAVE Brasil e Funbio, via Carteira Fauna Brasil) e a Vale pretende criar as condições necessárias para proteger o habitat natural da ararinha-azul para que ela possa voltar à natureza

A reintrodução tem prazo de vigência até 2017, com início da reintrodução das aves em 2021. Até lá, muitas etapas devem ser atingidas, como o aumento da população em cativeiro e a recuperação do seu habitat natural (a Caatinga), para posteriormente  trabalhar com a adaptação dos animais no ambiente natural. Esse trabalho não é simples e nem fácil, existe muito trabalho a ser feito, até que o ideal seja alcançado.
Atualmente há 80 indivíduos da espécie, em cativeiro, espalhados pelo mundo, com apenas 5 aqui no Brasil. Hoje a ararinha-azul é um dos animais mais ameaçados de extinção, o último exemplar visto na natureza foi em 1990, solitária no alto de um galho de uma caraibeira, em Curaçá. A ave que só existia no Brasil e, desde 1994, passou a ser enquadrada como "criticamente ameaçada" de extinção na lista vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês). Embora ela sempre tenha sido uma espécie rara, dado histórico de destruição do seu habitat e a intensa captura para o comércio ilegal, a espécie tornou-se símbolo mundial da importância de preservação da biodiversidade. Como a possibilidade de existirem indivíduos na natureza é muito remota, o aumento populacional em cativeiro para a reintrodução na natureza é a única esperança para recuperação da ararinha no seu habitat original.